Em um mundo cada vez mais digital, onde as transações online se tornaram a espinha dorsal da economia moderna, a segurança na internet emerge como uma das maiores preocupações. Com a facilidade de realizar pagamentos e transferências financeiras online, surgem também os criminosos que se aproveitam da falta de conhecimento ou de atenção das vítimas para aplicar golpes sofisticados. Seja você um consumidor ou uma empresa, proteger suas informações financeiras e seus dados pessoais é essencial.

Nesta matéria, desvendamos os principais golpes que vêm assombrando a rotina digital de milhares de brasileiros e trazemos dicas práticas para se proteger. Entender como esses criminosos atuam e adotar hábitos digitais mais seguros pode ser a diferença entre cair em uma armadilha ou garantir sua segurança online.

1. Golpe do Pix Errado

Com a popularização do Pix, uma das transações financeiras mais rápidas e práticas, surgiu também um golpe comum: o golpista se faz passar por um conhecido ou prestador de serviço, solicitando um valor por engano ou urgência para uma conta incorreta. A estratégia apela para a confiança e o imediatismo, levando a vítima a realizar transferências sem a devida verificação.

Como se proteger: Em qualquer situação de pressa, pare, respire e confira todos os dados antes de concluir uma transferência. Confirme diretamente com o recebedor, se possível, e evite realizar transações financeiras sob pressão.

2. Golpe da Falsa Central de Atendimento

Um dos golpes mais sofisticados envolve o uso da psicologia e a simulação de um cenário de urgência. Os golpistas ligam para a vítima fingindo ser representantes de um banco ou de outra instituição financeira. Eles alegam problemas em contas ou cartões e pedem informações confidenciais como senhas ou números de cartões.

Como se proteger: Bancos jamais pedem suas senhas ou outras informações sensíveis por telefone. Em caso de dúvidas, desligue a ligação e entre em contato diretamente com a instituição, utilizando os canais oficiais.

3. Golpe do Falso Motoboy

O golpista se passa por um representante de um banco e avisa que o cartão da vítima foi clonado. A solução, segundo o criminoso, seria o envio de um motoboy para recolher o cartão e resolver o problema. Na realidade, o motoboy é um comparsa que leva o cartão verdadeiro e as senhas, permitindo transações fraudulentas.

Como se proteger: Nenhuma instituição financeira recolhe cartões de clientes. Em caso de fraude, inutilize seu cartão e entre em contato com o banco para solicitar um novo.

4. Golpe da Troca de Cartão

Este golpe geralmente ocorre em lojas ou restaurantes. Após realizar uma compra, o cliente recebe um cartão semelhante ao seu, mas pertencente ao golpista. Enquanto a vítima fica com o cartão errado, o verdadeiro é utilizado para compras fraudulentas.

Como se proteger: Sempre confira seu cartão antes de guardá-lo após uma transação. Prefira métodos de pagamento como carteiras digitais, que eliminam a necessidade de trocas físicas de cartão.

5. Golpe da Maquininha Quebrada

Neste golpe, os criminosos alegam problemas na máquina de cartão e pedem que a vítima insira a senha várias vezes. Enquanto isso, eles tentam registrar transações fraudulentas.

Como se proteger: Desconfie se houver falhas repetidas na máquina de cartão. Insistências em repetir senhas podem ser sinal de golpe. Sempre peça para usar outro meio de pagamento ou verifique as transações com cuidado.

6. Golpe do Falso Leilão

Sites falsos de leilões têm se tornado armadilhas lucrativas para criminosos. Oferecendo produtos a preços tentadores, eles atraem vítimas que pagam adiantado por produtos que nunca serão entregues.

Como se proteger: Desconfie de ofertas muito abaixo do preço de mercado e sempre verifique a autenticidade do site de leilão antes de fazer qualquer pagamento.

7. Golpe do WhatsApp

Criminosos clonar números de WhatsApp e enviam mensagens pedindo dinheiro aos contatos da vítima, geralmente alegando uma emergência. Muitos amigos e familiares acabam caindo no golpe por acreditarem que estão ajudando.

Como se proteger: Ative a verificação em duas etapas no WhatsApp e oriente seus contatos a sempre confirmar pedidos de dinheiro por outros meios.

8. Golpe do Link Falso (Phishing)

Phishing é uma das técnicas mais antigas e eficazes. Os golpistas enviam links falsos por e-mail ou mensagem, direcionando as vítimas para sites que imitam bancos ou lojas, com o objetivo de roubar dados pessoais e financeiros.

Como se proteger: Nunca clique em links suspeitos. Prefira digitar manualmente o endereço da página no navegador ou acesse os sites por meio de aplicativos oficiais.

9. Golpe do Acesso Remoto (Mão Fantasma)

Criminosos convencem as vítimas a instalarem aplicativos de acesso remoto, dando controle total sobre o dispositivo para que possam realizar transações ou roubar informações.

Como se proteger: Nunca instale aplicativos recomendados por estranhos ou por “suporte técnico” que entra em contato de forma não solicitada. Sempre verifique a procedência das instruções.

10. Golpe do Falso Empréstimo

Ofertas de empréstimos com condições muito vantajosas são usadas para atrair vítimas. No entanto, antes de liberar o empréstimo, os golpistas pedem uma taxa adiantada e depois desaparecem.

Como se proteger: Verifique a reputação da instituição antes de contratar um empréstimo. Empresas sérias não cobram taxas antecipadas para a concessão de crédito.

Opinião do Especialista

De acordo com Vitor Fernandes, sócio-administrador da CWB Finance:

“Vivemos em uma era de digitalização acelerada, e a segurança nas transações financeiras deixou de ser apenas uma necessidade – tornou-se uma prioridade absoluta. No CWB Finance, acreditamos que a informação é a primeira linha de defesa contra os criminosos digitais. Além de oferecer soluções financeiras inovadoras, temos um compromisso inabalável com a educação de nossos clientes, orientando-os sobre as melhores práticas de segurança e prevenção contra fraudes. Conhecer os golpes e adotar medidas de proteção é essencial para garantir a segurança do patrimônio.”

Destaque da Edição: Segurança digital não é mais uma tendência passageira – é um imperativo vital.